, Depois de vários anos atuando como vocalista e líder do Merlim, Felipe Lion decidiu aproveitar um momento de inatividade da banda para partir para outro projeto. Durante todo esse tempo havia composto um bom número de bossas novas e queria apresentar esse trabalho ao público. Com o apoio de um amigo, o também cantor, compositor e multi-instrumentista, Douglas Capellato, começou em 2013 uma série infindável de sessões de estúdio, gravando e regravando esse material. A ideia inicial era formar uma dupla, mas os planos se alteraram quando Douglas resolveu morar no Canadá.
Em 2014, Lion, usando parte do material gravado com Douglas, continuou mexendo nas músicas, incluindo e excluindo instrumentos, muitas vezes recriando completamente os arranjos. Nesse ponto, o projeto já tinha um nome, Last Aliens in Rio, e uma proposta definida: criar algo diferente a partir da Bossa, um estilo que Lion sempre apreciara, mas que lhe parecia emparedado entre a eterna emulação de seus ídolos e o papel secundário de fonte de versões soft de sucessos da música internacional.
Lion reuniu então um grupo de jovens músicos e finalizou esse primeiro álbum que, aquela altura, só tinha músicas escritas em inglês. Enviou essa primeira versão para vários selos europeus e americanos. Em pouco tempo recebeu diversas propostas, acabando por optar pelo selo Mareld (Suécia), ligado a Substream Music Group, após Håkan Ludvigson, o seu diretor artístico, tê-lo incentivado a regravar as músicas em português. O nome Last Aliens in Rio foi mantido em inglês porque todos os envolvidos o achavam genial.
O álbum de estreia, Teu Doce Jeito de Dizer Adeus, com 10 músicas assinadas por Lion – uma em parceria com Douglas Capellato – foi lançado em junho de 2015, ficando por várias semanas na lista dos álbuns de Jazz mais vendidos da iTunes Brasil. O disco teve também boa repercussão internacional, principalmente na Coréia do Sul e no Japão.
O segundo álbum do Last Aliens in Rio, Bossa Nova Hotel, saiu em setembro 2016 pelo selo italiano RNC Music, entrando imediatamente para lista geral das mais vendidas da iTunes Brasil. A base do repertório são as Bossas Novas em compasso 7/8, marca registrada de Lion, como a carioquíssima Onde Tu Tá? – homenagem de Lion ao Rio. Outra Bossa em 7/8, Musa Urbana, permaneceu por vários meses no Charts de Jazz e Bossa Nova da Coréia do Sul.
Índia, lançado em 20 de setembro de 2019, é o álbum que veio para consolidar a linguagem musical deste projeto e alcançou uma ótima repercussão, principalmente graças ao sucesso de Índia (Tarde de Sol); incluída, inclusive, na playlist Café Bossa, uma das playlists oficiais da Spotify.
Quase todas as músicas dos 3 álbuns foram selecionadas para participar de compilações de Jazz e Lounge Music (veja abaixo), lançadas por selos ao redor do mundo, bem como de diversas playlists elaboradas por curadores profissionais, como a Future Hits (disponibilizada nos aviões da Air France); Txai e Maria Bonita (dois dos mais emblemáticos hotéis do litoral brasileiro).
O Sono Dela (2021), primeiro single após o sucesso de Índia, pode ser considerada uma ligeira mudança na direção artística do Last Aliens in Rio, que passa a adicionar elementos de música eletrônica à sua Bossa Nova jazzy e refinada. Ainda nesse caminho, lança, na sequência, os singles Pétalas Elétricas (2021) e Only Love Can Lead Us (2021). Em 2022, lança mais 3 singles: O Sono Dela – Acoustique, Pétalas Elétricas – Acoustique e Havana Skies; voltando a investir numa roupagem mais acústica e jazzy – o que, agora, repete em seu mais novo lançamento, This Silence (2023).
Recentemente, Bossa Dos Jardins, o 4º álbum do Last Aliens in Rio, foi lançado. O disco é uma reunião dos singles lançados nos dois últimos anos e mais duas músicas novas, inclusive àquela que dá nome ao álbum. As músicas de Bossa dos Jardins são a base do novo show do Last Aliens in Rio.